5 de março de 2016

Garçom, mais abraços, por favor

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Acho um pouco vazio, meio vago, meio repentino, mas quero trocar palavras por abraços. Aqueles abraços demorados, que ninguém quer soltar, que ninguém faz menção de soltar; aqueles abraços calorosos, que acalmam a alma e te fazem sentir como se estivesse flutuando pelos ares. 

Não quero ouvir palavras feias, frases de preocupação; não quero sentir o peso nos ombros, ou voltar para os devaneios que nunca deveriam passar pela minha mente. Quero dizer adeus à ansiedade, aos pensamentos de raiva e tristeza e dizer um entusiasmado “olá” para o sentimento de calmaria, nem que seja por apenas alguns segundos. 

Sempre achei que as pessoas prendiam-se demais nas preocupações, nas angústias e mágoas que a vida nos proporciona. Sempre achei que davam importância demais àquilo que não tinha tanta importância, como por exemplo, agora você deve estar mais preocupado com o uso da palavra “àquilo” do que com o real significado desse devaneio. Então, me abrace agora e relaxe por um minuto.

Lembre-se do barulho da chuva, dos pássaros cantando, da risada daqueles que amamos. Dos risos, choros de felicidade, beijos e abraços trocados. Deixe o mundo passar por um instante, dê-se de presente um momento de calma, esqueça o cinza chato enquanto você pode, apenas troque palavras por abraços e deixe-se levar por sentimentos bons, num mundo onde hoje tudo parece ter sido levado por uma onda de tristeza.

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